Poucos fenômenos esportivos são capazes de uma mobilização social tão intensa quanto a Copa do Mundo. Cinco vezes campeão do mundo, o Brasil esteve inserido em contextos históricos diferentes nas copas em que trouxe a taça para casa.
M. Ouriques
1958 (Copa da Suécia) Foi o primeiro campeonato que o país foi campeão e foi na Suécia que Pelé foi consagrado o Rei do Futebol e Garrincha surpreendia os zagueiros com a agilidade de suas pernas tortas.
Neste período vivíamos o governo nacional desenvolvementista do mineiro JK, com um discurso progressista mostrou grande habilidade com as massas, abriu o país para o capital estrangeiro, porém sempre focado no discurso nacionalista.
Herdeiro político de Getútio Vargas, seu governo desenvolvementista dependente foi marcado pelo plano de metas, que basicamente estavama focados na energia, no transporte, na indústria de base, na alimentação e na construção da nova capital: Brasília.
1962 (Copa do Chile) O segundo título veio logo na copa seguinte e desta vez perto de casa: no vizinho Chile. O Brasil se rendeu de vez à habilidade de Garrincha que junto com a seleção canarinho foi para a final com a Tchecoslováquia num placar de 3x1 trazendo agora o título do Bicampeonato!
A situação política começava a ficar tensa no país, João Goulart assumiu a faixa presidencial no ano anterior a Copa do Chile, porém com a imposição do regime parlamentarista teve sua autoridade e autonomia tolhida. Greves e manifestações eram organizadas em apoio a Jango, porém em 1964 o país sofreu um golpe militar, sendo gerido até o fim dos anos 1980 pelas mãos coercitivas e repressoras dos militares.
1970 (Copa do México) O cenário do tri foi o México, com a conquista deste novo campeonato o Brasil conquistou o direito de ficar permanentemente com a taça Jules Rimet num belo espetáculo promovido pelo time estrelado por Pelé.
Porém apesar da alegria do tricampeonato a situação no Brasil estava complicada. Sob o comando do General Medice vivia-se nos anos de chumbo. Dois anos antes da copa havia sido simposto o AI-5: congresso fechado, fim do habeas corpus, censura, tortura... A repressão e a violência estavam instaladas pelo governo.
1994 (Copa dos EUA) O Brasil teve que esperar 24 anos para obter o tetracampeonato em uma final angustiante disputada nos pênaltis contra a seleção italiana nos Estados Unidos. O herói da final foi o goleiro Taffarel, porém não ofuscou a famosa dupla Romário e Bebeto.
Já livres da ditadura vivíamos no início da abertura política e com o lançamento do Plano Real que buscava tirar o Brasil da inflação herdada da incapacidade governamental dos presidentes militares. O sucesso do plano real acabou elegendo o Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso
2002 (Copa da Coréia e Japão) Sob o comando de Luiz Felipe Scolari o pentacampeonato foi disputado em dois países sede: Japão e Coréia do Sul e o país tinha uma nova estrela, Ronaldo. A final disputada contra a Alemanha calou o grande goleiro Oliver Khan.
Neste mesmo ano elegemos um ex-metalúrgico como presidente: Luis Inácio Lula da Silva. Sob o forte desejo de mudança o país colocou a oposição - do maior partido de esquerda do Brasil, o PT - na situação.
Seu governo ficou marcado pela estabilidade econômica, geração de empregos e programas sociais.
E que venha o hexa e novas histórias....
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