A formação do sistema feudal teve início com a desagregação do Império romano e a instalação dos povos germânicos na Europa Ocidental. Por este motivo as instituições feudais foram formadas a partir de elementos de origens romanas e germânicas.
Elementos Romanos:
- Colonato – sistema de trabalho servil que se desenvolveu coma decadência do Império Romano quando escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos em terras de um grande senhor. O proprietário oferecia terra e proteção ao colono, recebendo deste um rendimento do seu trabalho.
- Fragmentação do poder político – no fim do período imperial a administração romana não tinha condições de impor sai autoridade em todas as regiões. Com o enfraquecimento do poder central, os grandes proprietários de terra foram aumentando seis poderes locais.
Elementos germânicos:
· Economia agropastoril – a base da economia germânica era a aagricultura e a criação de animais, sem a intenção de produzir excedentes para a comercialização.
· Comitatus – instituição que estabelece laços de fidelidade entre chefes militares e guerreiros.
· Beneficium – concessões de posse de terras entregues para guerreiros por seus chefes militares
O sistema feudal abrangeu um extenso território: toda Europa Ocidental e por ocupar uma área tão vasta, não foi idêntico em todos os lugares. Porém algumas características eram comuns a estes locais:
- Fortalecimento do poder local
- Existência de vínculos pessoais de obediência e proteção
- Trabalho servil na agricultura
- Fortalecimento da vida rural
A sociedade feudal
A sociedade feudal era fragmentada em estamentos (grupo diferenciado por funções específicas e situação jurídica própria).
Era uma sociedade onde não havia mobilidade entre os estamentos, ou seja, ninguém subia ou descia de sua posição.
Os principais estamentos:
· Nobreza – proprietários de terra
· Clero – constituído pelos membros da Igreja
· Servos – maioria da população (camponeses)
A Igreja
Enquanto o rei e a nobreza tinham suas propriedades divididas por casamentos, heranças, favores e lutas constantes, a Igreja acumulou entre
Na Idade Média, o livro por excelência foi a Bíblia, e pode-se dizer que a quase totalidade do que se produziu em termos de reflexão e pensamento estava diretamente relacionado aos textos sagrados do Cristianismo ou a suas interpretações. Das escolas monásticas às universidades, o essencial do sistema de ensino estava submetido ao controle da Igreja, que por sinal manteve monopólio sobre a escrita até o século XII. A instrução não tinha outra finalidade que a justificasse senão o aperfeiçoamento para os “ofícios de Deus”.
O cristianismo passava a responder aos anseios espirituais de um número crescente de pessoas, cujos problemas não eram solucionados pelo racionalismo greco-romano.
Assim, fixava-se aos poucos uma mentalidade simbólica que via no mundo um grande enigma decifrável somente pela fé. Um mundo que ganharia sentido apenas através de deus. A razão passara a ser vista como um instrumento diabólico, que mantinha o homem na ilusão de uma falsa sabedoria que o afastava da verdade.
Tal relação de reciprocidade entre Deus e o homem colocava este numa posição diversa do que tivera anteriormente. No paganismo clássico ele estivera diante de deuses sem o sentido do bem e do mal, divindades próximas ao homem e que se diferenciavam dele apenas pela mortalidade. Com o cristianismo, por outro lado, o homem viu-se distante e onipotente e de um Demônio sempre presente e tentador.
Economia
Economicamente o Feudalismo estava centrado na produção do setor primário (agricultura). Era claramente uma sociedade agrícola pelo fato de essa atividade envolver a grande maioria da população e por quase todos, direta ou indiretamente, viverem em função dela.
Havia o predomínio da produção destinada ao consumo próprio. A relação social de trabalho que marcou este período foi a servidão. (produtores dependentes, sem liberdade de locomoção, mas que escapavam à arbitrariedade de um senhor).
Feudo – era uma das principais unidades produtoras da economia feudal, produzindo cereais, carne, leite, roupas, utensílios domésticos e de trabalho. As atividades econômicas nos feudos eram a agricultura e a criação de animais.
Referências
FRANCO Jr, Hilário. O Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1987. 6ª. Edição.
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